terça-feira, 3 de março de 2009

Biografia Bob Marley




Robert Nesta Marley, mais conhecido como Bob Marley (Saint Ann, 6 de fevereiro de 1945 — Miami, 11 de maio de 1981) foi um cantor, guitarrista e compositor jamaicano. Ele é o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por popularizar o gênero. Grande parte do seu trabalho lidava com os problemas dos pobres e oprimidos. Ele foi chamado de "Charles Wesley dos rastafaris" pela maneira com que divulgava a religião através de suas músicas. Bob foi casado com Rita Marley (uma das "I Threes", que passaram a cantar com os Wailers depois de eles alcançarem sucesso internacional). Ela foi mãe de quatro de seus doze filhos(2 adotados), os renomados Ziggy e Stephen Marley, que continuam o legado musical de seu pai na banda Melody Makers. Outro de seus filhos, Damien Marley (vulgo "Jr Gong") também seguiu carreira musical. Juventude Bob Marley nasceu em 6 de fevereiro de 1945 no interior da Jamaica - Sta. Ann, filho de Norval Marley, um militar branco inglês e Cedella Booker, uma adolescente negra vinda do norte do país. Cedella e Norval estavam de casamento marcado para 9 de julho de 1944,no dia seguinte do seu casamento Norval deixa sua mulher. Norval dava apoio financeiro para sua mulher e filho, mas raramente os via, pois estava constantemente viajando. Após a morte de Norval em 1955, Marley e sua mãe se mudaram para um bairro pobre de Kingston, onde Marley era provocado pelos negros locais por ser mulato e por sua baixa estatura (1,63 m).

Carreira musical Marley começou suas experimentações musicais com o ska e passou aos poucos para o reggae enquanto o estilo se desenvolvia. Marley é talvez mais conhecido pelo seu trabalho com o grupo de reggae The Wailers, que incluía outros dois célebres músicos, Bunny Wailer e Peter Tosh. Livingstone e Tosh posteriormente deixariam o grupo para iniciarem uma bem-sucedida carreira solo. A maioria do trabalho inicial de Marley foi produzida por Coxsone Dodd no Studio One. O relacionamento dos dois se deterioraria mais tarde devido a pressões financeiras, e no começo da década de 1970 ele produziu o que é considerado por muitos o seu melhor trabalho, então pelas mãos de Lee Perry. A dupla também se separaria, desta vez por problemas com direitos autorais. Eles trabalhariam juntos novamente em Londres, e permaneceriam amigos até a morte de Marley. O trabalho de Bob Marley foi amplamente responsável pela aceitação cultural da música reggae fora da Jamaica. Ele assinou com o selo Island Records de Chris Blackwell em 1971, na época uma gravadora bem influente e inovadora. Foi ali, com "No Woman, No Cry" em 1975, que ele ganhou fama internacional.. Final de carreira Bob Marley deixou a Jamaica no final de 1976 e foi para a Inglaterra, onde gravou os álbuns Exodus e Kaya e onde também foi preso pela posse de um cigarro de maconha. Ele lançou a música "Africa Unite" no álbum Survival em 1979, e então foi convidado a tocar nas comemorações pela independência do Zimbabwe em 17 de abril de 1980. Convicções políticas e religiosas Bob Marley era adepto da religião Rastafari. Ele foi influenciado por sua esposa Rita, e passou a receber os ensinamentos de Mortimer Planno. Ele servia de fato como um missionário rasta (suas ações e músicas demonstram que isso talvez fosse intencional), fazendo com que a religião fosse conhecida internacionalmente. Em suas canções Marley pregava irmandade e paz para toda a humanidade. Antes de morrer ele foi inclusive batizado na Igreja Ortodoxa da Etiópia com o nome Berhane Selassie. Em apenas 36 anos de vida, não só colocou sua pequena ilha no mapa, como revolucionou a música, hábitos e comportamentos pelos quatro cantos do mundo. Marley era um grande defensor da maconha, usada por ele no sentido da comunhão, apesar de que seu uso não é consenso entre os rastafaris. Na capa de Catch a Fire inclusive ele é visto fumando um cigarro de maconha, e o uso espiritual da cannabis é mencionado em muitas de suas músicas. Marley também tinha conexões com a seita rastafari "Doze Tribos de Israel", e expressou isso com uma frase bíblica sobre José, filho de Jacó, na capa do álbum Rastaman Vibration A batalha contra o câncer Diagnóstico Em julho de 1977 Marley descobriu uma ferida no dedão de seu pé direito, que ele pensou ter sofrido durante uma partida de futebol. A ferida não cicatrizou, e sua unha posteriormente caiu enquanto ele jogava futebol. Foi então que o diagnóstico correto foi feito. Marley na verdade sofria de uma espécie de câncer de pele, chamado melanoma maligno, que se desenvolveu sob sua unha. Os médicos o aconselharam a ter o dedo amputado, mas Marley recusou-se devido aos princípios rastafaris que diziam que os médicos são homens que enganam os ingênuos, fingindo ter o poder de curar. Ele também estava preocupado com o impacto da operação em sua dança; a amputação afetaria profundamente sua carreira no momento em que se encontrava no auge (na verdade, a preocupação de Bob Marley era quanto à amputação de qualquer parte de seu corpo, seja o dedo do pé ou suas tranças rastafari. Para os seguidores dessa religião/filosofia, não se deve cortar, aparar ou amputar qualquer parte do corpo). Marley então passou por uma cirurgia para tentar extirpar as células cancerígenas. A doença foi mantida em segredo do grande público. Conversão Segundo seu filho Ziggy Marley, Marley se converteu ao cristianismo antes de morrer. Motivo? Segundo a religião rasta o corpo é templo sagrado e por isso retirar o câncer (no inicio da doença seria errado). Descobriu muitas coisas semelhantes entre o rasta e o cristianismo e viu que o amor ao seu corpo templo deveria ser de cuidado. Manteve sua agenda de shows, mas se tratar já não adiantava muita coisa. Bob estava se preparando para se encontrar com o seu criador. Mas por causa de muitos fatores entre eles o fato de o rasta, a maconha, e o reggae serem as marcas características de Bob e da Jamaica, decidiram abafar o ocorrido. Pois isso seria ruim para a figura lendária e o turismo jamaicano. Ziggy ainda convertido tenta espalhar o legado de seu pai, ainda com seus ideais e raízes do rasta e do reggae, mas com o entendimento cristão. Colapso e tratamento O câncer espalhou-se para seu cérebro, pulmão e estômago. Durante uma turnê no verão de 1980, numa tentativa de se consolidar no mercado norte-americano, Marley desmaiou enquanto corria no Central Park de Nova Iorque. Isso aconteceu depois de uma série de shows na Inglaterra e no Madison Square Garden, mas a doença o impediu de continuar com a grande turnê agendada. Marley procurou ajuda, e decidiu ir para Munique para tratar-se com o controverso especialista Josef Issels por vários meses, não obtendo resultados. Morte Um mês antes de sua morte, Bob Marley foi premiado com a "Ordem ao Mérito" jamaicana. Ele queria passar seus últimos dias em sua terra natal, mas a doença se agravou durante o vôo de volta da Alemanha e Marley teve de ser internado em Miami. Ele faleceu no hospital Cedars of Lebanon no dia 11 de maio de 1981 em Miami, Flórida, aos 36 anos. Seu funeral na Jamaica foi uma cerimônia digna de chefes de estado, com elementos combinados da religião Ortodoxa da Etiópia e do Rastafari. Ele foi enterrado em uma tumba em Nine Miles, perto de sua cidade natal. Junto com o corpo foram enterrados sua guitarra, uma bola de futebol, um pote com maconha, um sino e uma Bíblia. Reputação póstuma A música e a lenda de Bob Marley ganharam mais e mais força desde sua morte, e continuam a render grandes lucros para seus herdeiros. Também deu a ele um status quase mítico, similar ao de Elvis Presley e John Lennon. Marley é enormemente popular e bastante conhecido ao redor do mundo, particularmente na África e na América Latina. É considerado por muitos como o primeiro "pop-star" do Terceiro Mundo.


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