O presidente da câmara de Mastrique, Gerd Leers, anunciou um “congresso sobre Cannabis” para breve no seu município. A actual política de tolerância respeitante à venda desta droga será discutida pelos presidentes dos municípios fronteiriços. O resultado desta conferência pode ter um impacto a nível nacional. O principal motivo da conferência é o aumento dos problemas com os chamados “turistas de drogas” franceses e belgas, após as autoridades terem fechado algumas das principais coffeeshops nas cidades fronteiriças, no princípio do ano. Mastrique pretende ter uma política clara, evitando que cada municipalidade transfira os seus problemas para as cidades vizinhas. A conferência deverá alcançar uma visão comum, que depois será apresentada ao parlamento. Tendo em conta o facto de alguns dos partidos governantes estarem bastante insatisfeitos com a actual política de tolerância, é improvável que a situação melhore para os entusiastas da marijuana. Recentemente, o partido mais poderoso (cristão democrático -CDA), apelou à necessidade de zonas livres de coffeeshops a 500 metros das escolas primárias, e a 250 metros das escolas secundárias. Isto significa que cerca de 70% das coffeeshops de Amesterdão estão em vias de terem de fechar as portas. Estes novos regulamentos estão previstos para 2011. Os agricultores holandeses são também colocados sobre grande pressão pelo governo conservador. Esta semana um membro do parlamento apelou uma vez mais ao encerramento das chamadas “growshops” (lojas que vendem equipamento para o cultivo da marijuana). Em Novembro do ano passado uma maioria de legisladores afirmou concordar com este passo. Além disso, a polícia holandesa apresentou os seus últimos reenforços na batalha contra as quintas de marijuana: o chamado “cannabis sniffer”, um centro de treino móvel, e helicópteros de controlo remoto.
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